Uma das formas mais eficazes de superar à uma tragédia é a arte. E quando a arte vem do fim da própria arte? Foi o que passou a escritora Cris Rangel após perder toda sua poesia escrita desde a adolescência em uma enchente em Paraty. Cadernos e papéis escritos à mão que boiavam na água do rio, mangue e esgoto.
A obra “Desaguar”, foi lançada em 2016, é uma compilação dos poemas que restaram e de criações vindas de 2009 a 2014. O livro teve boa recepção pelo público e crítica, com indicações na Folha de São Paulo e outros veículos literários.
Depois de se despedir de Paraty, Cris foi para São Paulo, em busca de recuperar o entusiasmo e ampliar as vivências também como produtora cultural, mas a vontade de escrever ainda estava afogada nas águas do mangue e do rio Perequê - que corta a cidade histórica carioca. Até que em 2012, logo após uma separação traumática de um casamento abusivo, e três anos depois da enchente, Cris sentou para transmutar essas dores e produzir suas ideias e, nunca mais parou. O livro é separado em três partes, três momentos que representam esse correr de rios de sentimentos, de fluir finalmente algo artístico que tenha relação com a sua expressão poética e seu desejo de tocar as pessoas com as palavras.
Desaguar :: Cris Rangel
ano de lançamento: 2015
edição: 1
páginas: 96
Selo/editora: Editora Patuá
Texto: Cris Rangel
Coordenação Editorial: Eduardo Lacerda
Projeto gráfico: Leonardo Mathias
Orelha: Mariana Lancellotti
ISBN: 978-85-8297-247-2